sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Turista espanhol visita São Cristóvão e ressalta a riqueza da Praça São Francisco

Deu no e-sergipe.net, portal de notícias do Governo de Sergipe:

"Espanhol de cidade Patrimônio da Humanidade elogia beleza da Praça"


Dentre os argumentos presentes na propositura que inscreveu a Praça São Francisco, de São Cristóvão, como candidata a Patrimônio da Humanidade, a influência hispânica na concepção da Praça e no entorno dela ganha destaque, pois ela se enquadra nos padrões da Lei de Ordenações Filipinas, uma espécie de Plano Diretor da Coroa espanhola.

O depoimento do Senhor Ângelo Rodrigues, espanhol de Cáceres, cidade que é Patrimônio da Humanidade, é muito interessante e está em vídeo na reportagem. Para acessar o vídeo, cliquem no link acima. São depoimentos como o de Ângelo Rodrigues que provam que a luta por São Cristóvão Patrimônio da Humanidade é válida, pois Sergipe e o Brasil devem partilhar com o mundo esta maravilha em solo sancristovense.


Cleverton Silva


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

29 de outubro de 2009: um ano de Conferência Infanto-Juvenil de Meio Ambiente no Colégio Gaspar Lourenço

Participantes da conferência escolar atentos à programação (Foto: Cleverton Silva, 2008).

Há exatamente um ano, o Colégio Estadual Padre Gaspar Lourenço, do Bairro Apicum, próximo à Sede municipal, realizou a sua primeira Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. A atividade fez parte da etapa de conferências escolares, que antecedeu as etapas estaduais que culminaram na III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (III CNIJMA), realizada de 3 a 8 de abril de 2009. Ao realizar a conferência, cada escola elaborou um cartaz, elegeu um delegado e uma delegada titular e suplente, entre 11 e 14 anos, e fez o registro fotográfico dos delegados ou delegadas e do evento. Sergipe teve cerca de 100 conferências escolares realizadas e teve uma delegação de 22 alunos e alunas das redes públicas estadual e municipais.

Grupo Cultura da Senzala (Foto: Cleverton Silva, 2008).

Embora os dois representantes da escola tenham ficado de fora da delegação nacional da III CNIJMA devido à idade acima dos 14 anos, a conferência escolar do Gaspar Lourenço foi bastante diversificada sob a Coordenação do Núcleo de Educação Ambiental do colégio, composto pelo psicólogo e ambientalista Sérgio Alex Silva Lima e dos alunos e alunas que compõem a Patrulha Ambiental, formada no colégio em 2006. Toda a escola estava bem mobilizada e sintonizada ao evento, que contou com o grupo de música Cultura da Senzala, formado por alunos da comunidade; apresentação de maquetes e cartazes dentro das temáticas da III CNIJMA: Terra (biodiversidade), Água (recursos hídricos), Ar (atmosfera e aquecimento global) e Fogo (matrizes energéticas); além de discussões, palestras e a incorporação de novos integrantes da Patrulha Ambiental.

Sérgio Alex, Coordenador do NEA e organizador do evento (Foto: Cleverton Silva, 2008).

Dentre as palestras, o apícola Ricardo Thairon explanou sobre a criação de abelhas; Ana Luiza, Técnica da Diretoria de Gestão Ambiental da Deso falou sobre o trabalho da empresa e a importância das águas para a vida e Cleverton Silva, do Coletivo Jovem de Meio Ambiente de Sergipe (CJ-SE) apresentou a monografia "Águas Fluviais e o Ecoturismo em Sergipe: possibilidades no Rio Paramopama, em São Cristóvão", defendida no início de outubro de 2008 no IFS (antigo CEFET).

Novos reforços da Patrulha Ambiental (Foto: Cleverton Silva, 2008).

Hoje, um ano depois, é um dia para olhar para trás e refletir o quanto o Colégio Gaspar Lourenço evoluiu na sua compreensão sobre o meio ambiente através de sua conferência, preparar o caminho para uma possível IV CNIJMA e atuar ainda mais em prol de um meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado em São Cristóvão, dando um bom exemplo a Sergipe, ao Brasil e ao mundo, enfim.

Apresentação sobre o rio Paramopama (Foto: autor desconhecido, 2008).

Cleverton Silva

terça-feira, 27 de outubro de 2009

24 de outubro em São Cristóvão foi também o Dia da Ação Climática

O dia 24 de outubro é uma data especial para Sergipe, mas também para o planeta. Em Sergipe, a data era oficialmente comemorada como o feriado da independência de Sergipe com relação à Bahia. Porém, a Emenda à Constituição de Sergipe Nº 20/2000 reconhece o dia 8 de julho como a data oficial da independência.

Mundialmente, o 24 de outubro é o Dia da Organização das Nações Unidas (ONU). Como parte de uma forte mobilização de organizações ambientalistas pelo mundo para alertar sobre as mudanças climáticas, a data foi marcada por quase 5 mil ações pelo mundo. Em cerca de 170 países, variadas manifestações ocorreram em apoio à redução das emissões de CO² na atmosfera a 350 partes por milhão (p.p.m.).

Em São Cristóvão, a data foi marcada por dois atos que ocorreram pela manhã e à tarde. O primeiro ato, pela manhã, foi na feira da cidade, nas proximidades do rio Paramopama, cumprindo também com a proposta do Dia Mundial da Limpeza de Praias e Rios, coordenada em Sergipe pelo jornalista Osmário Santos e a Frente em Defesa das Águas de Sergipe. Na atividade, representantes da Comissão Pró-Candidatura da Praça São Francisco a Patrimônio da Humanidade, Oxogum-Ladê, União Municipal dos Estudantes de São Cristóvão (UMESC), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ong SAHUDE, estudantes e outras pessoas da comunidade se mobilizaram para retirar lixo das margens do rio Paramopama no Largo da Ponte, Porto São Francisco, Bica e Mata da Pratinha.

O número 350 foi feito com os sacos de lixo retirados do rio Paramopama no sábado pela manhã (Foto: Thiago Fragata, 2009).

À tarde, o momento foi de celebração à candidatura da Praça São Francisco a Patrimônio da Humanidade através da Comemoração do Dia da Sergipanidade. O evento da tarde, realizado pela Sub-Secretaria de Estado do Patrimônio Cultural (Sub-Pac) e a Secretaria Municipal de Cultura, foi aberta pela Lira Sancristovense, contou também com apresentações de grupos folclóricos como o Reisado de Satu, as Taieiras de Seu Jorge, As Caceteiras de Rindu, artistas plásticos, artesãs e outros grupos.

Durante o evento, o Dia da Ação Climática também foi lembrado por Maira Nascimento, do Sub-Pac. Logo após, foi formado o número 350 com as pessoas presentes na praça. Neste momento, embora se pretendesse fazer o registro fotográfico captando o número para enviá-lo ao site oficial do 350.org, o registro não saiu como planejado e o tempo nublado não permitiu outra tentativa. Porém, apesar dos problemas ocorridos, São Cristóvão teve um dia agitado, intenso e satisfatório ao dar a sua contribuição ao dia 24 de outubro de 2009, que marca a história da humanidade como o dia da maior mobilização social já realizada.

As Taieiras de Jorge encantam o público (Foto: Cleverton Silva, 2009).



Cleverton Silva


terça-feira, 20 de outubro de 2009

1ª OFICINA DE ECONOMIA DA CULTURA EM SÃO CRISTÓVÃO: A CONSTRUÇÃO DE UMA ALTERNATIVA

Síntese metodológica das oficinas.

Público presente contribui com o painel.

Painel com cenário cultural de São Cristóvão. Os papéis brancos são do levantamento prévio da equipe de governo; os verdes são as contribuições da comunidade.

Marcelo Rangel, Secretário Adjunto da Secult e Jussara Alves, da Sedetec estavam acompanhados por uma equipe de várias secretarias e órgãos do Governo de Sergipe.

Na manhã de segunda-feira (19-10), a equipe formada por técnicos e técnicas da Sec. de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo (SEDETEC), Secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN) e Secretaria de Estado da Cultura (SECULT) realizou a primeira oficina do programa Economia da Cultura de Sergipe, no auditório do Colégio Estadual Elísio Carmelo, na Sede municipal. O programa está dentro da diretriz do atual governo de Sergipe: a inclusão pela renda, tendo o estímulo aos Arranjos Produtivos Locais (APLs*) como um dos seus objetivos.

Contando com a presença de integrantes da comunidade sancristovense envolvidas com a cena cultural e com os negócios que a cultura local movimenta, o primeiro momento da oficina foi a identificação de logradouros, monumentos, equipamentos, grupos e manifestações culturais locais. Com base em informações já coletadas pela SEPLAN nas rodadas municipais do Planejamento Participativo de Sergipe, em 2007, a equipe de trabalho montou um quadro identificando um pouco do cenário cultural de São Cristóvão. A partir deste quadro, as pessoas presentes apontavam outros itens. A equipe de trabalho confessou ter ficado surpresa com a contribuição dos participantes, que superou as expectativas.

A próxima reunião ocorrerá dia 9 de novembro (segunda-feira) e terá por finalidade a complementação das informações do quadro trabalhado na primeira oficina e a formação dos GTs que irão trabalhar sobre a estrutura turística e grupos folclóricos. O local da reunião ainda será definido.

Muitas pessoas em São Cristóvão, iludidas pelo passado e pela demagogia, ainda acreditam que o industrialismo é a grande alternativa para a cidade, pois ignoram o que levou as fábricas têxteis de São Cristóvão à falência nas décadas de 1960 e 1970, que a SEDETEC tem um trabalho técnico muito sério e que trabalha além de interesses políticos regionais, ou seja, considera tanto potencial de mão-de-obra quanto disponibilidade de insumos, infra-estrutura, contrapartida dos gestores locais e descentralização dos investimentos.

Outro ponto que os críticos não apontam é que São Cristóvão tem sim, investimentos na indústria, ou a exploração de fontes de água mineral não compõem a atividade industrial? E a avicultura, não tem importância nenhuma? São Cristóvão não é um dos recordistas na produção de frangos em Sergipe? O setor de comércio e serviços é realidade no país, e é um dos grandes indutores do desenvolvimento no mundo. Só o turismo é responsável por mais de 10% do PIB brasileiro, equivalente aos valores do setor na economia mundial.

Temos São Cristóvão candidata a Patrimônio da Humanidade, pois preservamos uma rica herança histórica. A SEDETEC, SEPLAN e SECULT concordam que a cultura da cidade é uma alternativa com base no que o povo disse através das oficinas do Planejamento Participativo. Esta é a chance de estimular os pequenos negócios, os comerciantes informais, os grupos culturais com cultura, e não com ilusões.

A Economia da Cultura não é uma ilusão, é realidade! Vamos construí-la!

*APL é o termo que se usa para definir uma aglomeração de empresas com a mesma especialização produtiva e que se localiza em um mesmo espaço geográfico. Os APLs mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si, contando também com apoio de instituições locais como Governo, associações empresariais, Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), instituições de crédito, ensino e pesquisa. (http://www.ielpr.org.br/apl/FreeComponent1575content6082.shtml)

Cleverton Silva