Síntese metodológica das oficinas.
Público presente contribui com o painel.
Painel com cenário cultural de São Cristóvão. Os papéis brancos são do levantamento prévio da equipe de governo; os verdes são as contribuições da comunidade.
Marcelo Rangel, Secretário Adjunto da Secult e Jussara Alves, da Sedetec estavam acompanhados por uma equipe de várias secretarias e órgãos do Governo de Sergipe.
Na manhã de segunda-feira (19-10), a equipe formada por técnicos e técnicas da Sec. de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo (SEDETEC), Secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN) e Secretaria de Estado da Cultura (SECULT) realizou a primeira oficina do programa Economia da Cultura de Sergipe, no auditório do Colégio Estadual Elísio Carmelo, na Sede municipal. O programa está dentro da diretriz do atual governo de Sergipe: a inclusão pela renda, tendo o estímulo aos Arranjos Produtivos Locais (APLs*) como um dos seus objetivos.
Contando com a presença de integrantes da comunidade sancristovense envolvidas com a cena cultural e com os negócios que a cultura local movimenta, o primeiro momento da oficina foi a identificação de logradouros, monumentos, equipamentos, grupos e manifestações culturais locais. Com base em informações já coletadas pela SEPLAN nas rodadas municipais do Planejamento Participativo de Sergipe, em 2007, a equipe de trabalho montou um quadro identificando um pouco do cenário cultural de São Cristóvão. A partir deste quadro, as pessoas presentes apontavam outros itens. A equipe de trabalho confessou ter ficado surpresa com a contribuição dos participantes, que superou as expectativas.
A próxima reunião ocorrerá dia 9 de novembro (segunda-feira) e terá por finalidade a complementação das informações do quadro trabalhado na primeira oficina e a formação dos GTs que irão trabalhar sobre a estrutura turística e grupos folclóricos. O local da reunião ainda será definido.
Muitas pessoas em São Cristóvão, iludidas pelo passado e pela demagogia, ainda acreditam que o industrialismo é a grande alternativa para a cidade, pois ignoram o que levou as fábricas têxteis de São Cristóvão à falência nas décadas de 1960 e 1970, que a SEDETEC tem um trabalho técnico muito sério e que trabalha além de interesses políticos regionais, ou seja, considera tanto potencial de mão-de-obra quanto disponibilidade de insumos, infra-estrutura, contrapartida dos gestores locais e descentralização dos investimentos.
Outro ponto que os críticos não apontam é que São Cristóvão tem sim, investimentos na indústria, ou a exploração de fontes de água mineral não compõem a atividade industrial? E a avicultura, não tem importância nenhuma? São Cristóvão não é um dos recordistas na produção de frangos em Sergipe? O setor de comércio e serviços é realidade no país, e é um dos grandes indutores do desenvolvimento no mundo. Só o turismo é responsável por mais de 10% do PIB brasileiro, equivalente aos valores do setor na economia mundial.
Temos São Cristóvão candidata a Patrimônio da Humanidade, pois preservamos uma rica herança histórica. A SEDETEC, SEPLAN e SECULT concordam que a cultura da cidade é uma alternativa com base no que o povo disse através das oficinas do Planejamento Participativo. Esta é a chance de estimular os pequenos negócios, os comerciantes informais, os grupos culturais com cultura, e não com ilusões.
A Economia da Cultura não é uma ilusão, é realidade! Vamos construí-la!
*APL é o termo que se usa para definir uma aglomeração de empresas com a mesma especialização produtiva e que se localiza em um mesmo espaço geográfico. Os APLs mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si, contando também com apoio de instituições locais como Governo, associações empresariais, Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs), instituições de crédito, ensino e pesquisa. (
http://www.ielpr.org.br/apl/FreeComponent1575content6082.shtml)
Cleverton Silva